SAAE assina convênio para tratar esgoto de Alfredo Guedes

O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) vai receber R$ 180,2 mil para a execução de obras visando a instalação do sistema para tratamento de esgotos no distrito de Alfredo Guedes. O convênio foi assinado nesta semana pelo diretor do SAAE, José Antonio Marise, junto ao Banco Nossa Caixa. O banco é agente financeiro do Fehidro - Fundo Estadual de Recursos Hídricos,

Os recursos são oriundos do Tesouro Estadual disponibilizados à Secretaria do Meio Ambiente e distribuídos aos municípios e entidades segundo critérios estabelecidos pelo Cofehidro - Conselho de Orientação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, presidido pelo Secretário Chico Graziano, que também assina o contrato, na condição de interveniente.

A implantação do sistema de tratamento de esgotos de Alfredo Guedes, que está orçada em R$ 240.266,67, sendo que o SAAE deverá investir R$ 60.066,67 em recursos próprios, teve seu projeto aprovado em deliberação do Comitê da Bacia Hidrográfica Tietê-Jacaré ainda em 2009 e tratará todo o esgoto gerado naquele bairro.

Em Alfredo Guedes, o tratamento de esgoto ocorrerá de forma diferente daquele que tratará o esgoto de nossa cidade. Enquanto em Lençóis o esgoto será tratado através de lagoas anaeróbia e aeróbia , em Alfredo Guedes o sistema será compacto utilizando-se biodigestores. A eficiência dos sistemas, embora diversos, já foram amplamente testados em outros municípios e são aceitos pela Cetesb.

Com a garantia de recursos, o SAAE deverá agora proceder à elaboração do edital visando a realização de licitação para a compra e instalação dos equipamentos, o que deverá ocorrer até o mês de julho. “Se não ocorrer qualquer outro contratempo, é possível que o sistema já esteja funcionando até o final deste ano”, avalia Marise.

Para o diretor do SAAE, a construção da ETE de Alfredo Guedes representa o fechamento de um ciclo de conquistas que coloca Lençóis Paulista em uma situação invejável. “Vamos tratar 100% dos esgotos gerados isso é motivo para comemorarmos pois poucas municípios do Brasil conseguiram esse feito”, informou.

Marise lembra ainda que para os sistemas funcionarem perfeitamente é preciso que a população colabore “nós não podemos mais jogar lixo, que provoca entupimento, ou óleo de cozinha, óleo lubrificante ou combustíveis usados na rede porque provocam a morte das bactérias responsáveis pela depuração do esgoto comprometendo todo o processo”.

Outro grave problema apontado por Marise é o direcionamento de água de chuva para a rede de esgotos. “O problema é que a rede de esgotos não está dimensionada para receber água de chuva e, quando isso acontece, o sistema entra em colapso com diversas ocorrências de retorno de esgoto para dentro das residências”, avalia.

Nos próximos meses será intensificada a fiscalização visando diminuir a ocorrência de ações indevidas que comprometam o trabalho de tratamento de esgoto tendo em vista que o sistema de tratamento de Lençóis deverá entrar em funcionamento proximamente.