Oficina de Escrita Criativa amplia reflexão sobre literatura; livro lançado propõe debate sobre diferenças

A necessidade de orientar e estimular jovens escritores para o debate e produção de textos literários foi o mote para a criação do Projeto “Escrita Criativa” que já completou um ano de existência. “Como professora, estando mais perto desse público, identifiquei que os jovens apaixonados pela escrita também sentiam a falta de instrução nesse sentido, por isso, criei o grupo para tentar ajudá-los. O projeto teve início em maio de 2020 e começou com ex e atuais alunos meus, e foi se expandindo a outros jovens, inclusive a alguns adultos escritores que me auxiliam como voluntários. Atualmente somos em 33 integrantes, sendo 8 voluntários e 25 jovens”, explica a professora e responsável pela criação do grupo, Amanda Madóglio.

Graduada em Letras, Pedagogia e pós graduada em Informática Educacional, Amanda lembra que semanalmente são realizadas reuniões e propostos temas para os alunos produzirem os textos. “Toda terça-feira eu lanço uma proposta de produção, procuro seguir temas da atualidade, na quarta-feira abrimos o grupo para discussão do tema e eles tem até a sexta-feira para me enviar a produção que eu corrijo no final de semana e público em nossa página do Facebook. Até hoje só nos encontramos uma única vez presencialmente, devido a pandemia, mas pretendo realizar um encontro mensal quando normalizar a situação”, pontua Amanda.

Segundo Amanda, o apoio da Secretaria de Cultura foi fundamental para a criação do projeto. “Antes do início do projeto, procurei o secretário Marcelo Maganha que me deu total apoio e até hoje está presente no grupo acompanhando todos os nossos passos e nos auxiliando. Inclusive no ano passado, participei na live do dia do escritor, que me ajudou significativamente na divulgação desse projeto. Só tenho a agradecer ao Marcelo e toda sua equipe que esteve prontamente disponível em todas as etapas do processo em relação ao recebimento do apoio da lei de incentivo também. Estamos evoluindo graças ao apoio da Cultura de nossa cidade”, disse.

Livro “Eu sou diferente de você” é resultado de reflexão e debate sobre diferenças e preconceitos

Além das atividades da Oficina de Escrita Criativa, a reflexão sobre as diferenças e tipos de preconceito deu origem ao livro “Eu sou diferente de você”. Coordenado pelo psicólogo Rodrigo Caetano, o projeto é o resultado de três meses e meio de trabalho envolvendo cerca de 25 pessoas nas fases de proposta do tema, esboço dos rascunhos, correções, gravação do áudio-book e lançamento.

“Para a escolha desse tema, realizamos uma pesquisa, buscando identificar questões sobre as diferenças, as diversidades… A partir de uma palestra, um bate-papo, fizemos uma exposição sobre as diferenças e os preconceitos existentes na sociedade. Esse é um tema recorrente na juventude. Não é possível lidar com diferenças sem debater, refletir sobre a diversidade. O livro contém crônicas, poemas e relatos em que os participantes falam sobre suas dificuldades, diferenças e situações vivenciadas em seu cotidiano”, pontuou Rodrigo.

Projeto aprovado

O projeto recebeu textos de dezoito integrantes do grupo e foi um dos aprovados para o recebimento de recursos da Lei Aldir Blanc. A Lei Federal 14017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc foi criada para apoiar o setor cultural dos municípios brasileiros diante da pandemia do novo coronavírus. Em Lençóis Paulista, o trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Acompanhamento e Fiscalização da Lei Aldir Blanc e pela Secretaria de Cultura.

“Mesmo com o calendário eleitoral de 2020, antecipamos todo o processo em relação a outros municípios como Bauru, Botucatu e Jau. A secretaria tem como principal intuito a valorização do artista, servimos de referência para cidades como Bauru, Botucatu e Jau na realização de nossos projetos desde a execução por exemplo da Lençóis In Live que continua atendendo os artistas lençoenses”, pontuou o secretário de Cultura, maestro Marcelo Maganha.