Nativa fala sobre diversidade africana a alunos da escola Philomena

Os alunos do Ensino Fundamental da EMEIF Philomena Briquesi Boso, no bairro Alfredo Guedes, tiveram a oportunidade de aprender mais sobre a diversidade africana a partir dos depoimentos de uma nativa. Bernardina dos Santos Sami, estudante do curso de Administração de Empresas da Faag (Faculdade de Agudos), esteve na escola na segunda-feira, dia 16, para falar sobre as tradições, a cultura e o modo de vida do povo de Guiné-Bissau, sua terra natal.

O encontro marcou o início do “Projeto Interdisciplinar da Consciência Negra”, o qual culminará em novembro com as comemorações da Semana da Consciência Negra. Professores e alunos participaram da programação e, na ocasião, também fizeram apresentações culturais sobre o tema, algumas inclusive em homenagem à africana.

“O meu país é muito diferente. Na política, hoje vivemos lá um regime militar. Não temos essa liberdade de expressão como aqui no Brasil. Quanto à língua, falamos muitos dialetos diferentes. Eu, por exemplo, sempre falei a língua oficial, o português, no colégio, na faculdade, mas com a família e os amigos, é sempre o crioulo, que é bem diferente”, explicou Bernardina.

Atualmente ela também é estagiária na Caixa Econômica Federal de Bauru e mora em Agudos com outros africanos que, por meio de um convênio firmado, estudam na Faculdade de Agudos.

Guiné-Bissau

Guiné-Bissau é um país da costa ocidental da África que faz fronteira com o Senegal. Foi colônia de Portugal desde o século XV até proclamar unilateralmente a sua independência, em 24 de setembro de 1973, então não reconhecida pelo país colonizador. O reconhecimento por parte de Portugal só ocorreu em 10 de setembro de 1974.