CRAS e Centro de Convivência abordam violência sexual contra crianças

O dia 18 de maio é lembrado em todo país como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. Em Lençóis Paulista, para marcar a data a diretoria de Assistência e Promoção Social promoveu palestras no Centro de Convivência Therezinha Aparecida de Jesus Ribeiro Ramos.

A psicóloga do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do Centro, Cristiane G.F. Nogueira, apresentou as palestras sobre o tema às crianças de 6 a 11 anos, que frequentam o centro nos dois períodos de atendimento.

O encontro contou com a apresentação de dois vídeos animados. Em um deles é mostrado, de forma lúdica, o universo de uma criança vítima de violência sexual. “Na animação, são mostrados os sintomas, as distorções do seu cotidiano, seus pensamentos, por que ela não fala, não procura ajuda mesmo entre as pessoas de sua confiança, como os pais e professores”, contou a psicóloga.

No desenho, os abusos contra a criança são identificados por sua professora, o que mostra, segundo a psicóloga, a importância das pessoas próximas ao convívio de crianças e adolescentes. “É importante identificar sintomas como tristeza sem explicação, baixa no rendimento escolar, isolamento, e quando a criança não sente mais prazer em fazer coisas que antes gostava”, pontuou Cristiane.

O outro vídeo apresentado, que fez parte da campanha de 2013, orienta as crianças sobre o que são suas “partes íntimas”, por que não devem se expor na internet, e quando um toque de um adulto não é apenas carinho. “Tudo é mostrado de forma lúdica, mas, ao mesmo tempo, didática, para que a criança possa se identificar com essas situações”. Após as apresentações, a psicóloga promoveu uma roda de conversa com as crianças.

O CRAS é a porta de entrada, de acordo com Cristiane, para diversos atendimentos, inclusive o de violência sexual contra crianças. Mas a psicóloga alerta para a importância de identificar os sintomas da agressão, uma vez que ela pode ocorrer em todas as famílias. “As pessoas tendem a achar que este tipo de coisa acontece apenas com os outros e que nunca vai acontecer em sua própria família”, alertou.