Vale-alimentação vai injetar R$ 4 milhões no comércio
O prefeito Anderson Prado começou a atender uma antiga reivindicação dos servidores públicos de Lençóis Paulista. Em reunião com os setores de finanças, recursos humanos, administrativo, jurídico e licitações ele ordenou a implantação imediata em todo Governo Municipal (Prefeitura, SAAE, CMFP e IPREM) do vale-alimentação que, para quem desejar fazer essa opção, vai substituir a cesta básica que é oferecida hoje. O vale terá um valor de R$ 170, bem superior a cesta que hoje custa, em média, R$ 99. Como o vale precisa ser gasto no comércio local, por ano a Prefeitura vai injetar mais R$ 4 milhões na economia de Lençóis.
“Esse é um antigo desejo do servidor e não vejo porque não atender. Como disse na campanha, nosso governo pretende valorizar o servidor público, porque sem ele não é possível fazer um bom governo e atender bem a população, que é nosso principal objetivo. Diferente da cesta, que já vem com os itens pré-definidos, com o vale o servidor poderá comprar conforme sua necessidade. Uma família que tem criança, por exemplo, precisa comprar leite, um produto que não vem na cesta. Além disso, quem optar pelo vale terá um aumento de 70% nesse benefício, já que o valor médio da cesta é R$ 99”, declarou Prado.
Nesta semana a diretoria de Recursos Humanos começou a passar para todos funcionários públicos o termo de opção. No termo, o servidor deve indicar se prefere continuar recebendo a cesta básica ou se ele deseja passar a receber o vale-alimentação. Até esta quinta-feira (26), dos 622 servidores consultados, 595 optaram pelo vale e outros 27 pela cesta. “O servidor que escolher a cesta vai continuar recebendo a mesma cesta que recebe hoje, sem nenhuma mudança. No entanto, é preciso deixar claro que qualquer mudança na opção só poderá ser feita depois de um ano, porque a licitação tanto para a cesta básica, quanto para empresa que vai operar o cartão do vale-alimentação, vai durar um ano”, explicou o diretor de RH, Waldomiro Ponsoni.
Depois de finalizada a consulta aos servidores, a Prefeitura vai abrir o processo de licitação para escolher a empresa que vai operar o cartão do vale-alimentação. Se tudo correr dentro do previsto, o objetivo é que o benefício comece a ser oferecido aos servidores já nos próximos meses, integrando as comemorações de aniversário de 159 anos de Lençóis Paulista. “Para que o servidor tenha opção de escolha, no edital vamos exigir que a empresa interessada cadastre um número mínimo de estabelecimentos por segmento”, declarou José Denilson Nogueira, diretor de Suprimento. O cartão poderá ser usado em supermercados, padarias, açougues e quitandas, entre outros.
COMÉRCIO
Além do benefício para o servidor público, a implantação do vale-alimentação pelo Governo Municipal também representa um benefício para o comércio de Lençóis. Atualmente a Prefeitura, incluindo as autarquias, tem um total de 2.138 servidores. Imaginando que 2 mil optem pelo vale-alimentação, número que pelas estimativas pode ser maior, serão injetados no comércio R$ 340 mil por mês. Em 12 meses, o gasto do servidor totalizará mais de R$ 4 milhões.
“Como atual presidente de honra da Associação Comercial e Industrial de Lençóis Paulista sei do momento delicado que o comércio lençoense atravessa e a adoção do vale é uma forma de fazer com que o dinheiro da Prefeitura, que é fruto dos impostos pagos pela população, seja gasto na cidade. A cesta é um benefício para o servidor, mas não ajuda em nada a cidade, porque todas as empresas que forneceram a cesta até hoje sempre foram de fora. Já o vale é um benefício para o servidor e também ao comércio local, que gera emprego e renda para o lençoense”, defendeu o prefeito Prado.
Atualmente a prefeitura oferece três opções de cesta básica ao servidor (A, B e C) cujos valores vão de R$ 95 a R$ 104, o que dá um valor médio de R$ 99. Para atender os 2.138 servidores com a cesta, a Prefeitura gasta aproximadamente R$ 2,5 milhões por ano. “Sabemos que o valor que será gasto com o vale é maior do que o custo da cesta hoje, mas não vejo isso como um gasto, mas sim como um investimento no servidor público, que merece ser valorizado”, finalizou o prefeito.
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