Saúde - Medicamentos

Medicamentos – em relação à matéria veiculada pela TV TEM sobre falta de medicamentos nas farmácias das unidades de saúde de Lençóis Paulista, a edição da reportagem não esclareceu pontos importantes.

A verdade é que em 2015, houve nova padronização das compras efetuadas pela rede municipal de saúde de nosso município. Entretanto, os investimentos em medicamentos no ano que se encerrou ficam na casa de R$ 1,5 milhão, a maior parte recursos próprios. Os repasses estaduais, por meio do Dose Certa, foram de R$ 149.420 em 2015, em parcelas trimestrais de R$ 37.355, e correspondem a menos de 10% do orçamento com medicamentos.

As novas medidas de padronização das compras e dispensação foram tomadas, em primeiro lugar, devido à drástica queda na arrecadação enfrentada pela Administração Municipal. Entre 2012 e 2014, o município deixou de receber R$ 21 milhões por causa da desoneração de impostos.

Além disso, a crise econômica criou desemprego e elevou a demanda por serviços públicos. Entre janeiro e outubro de 2015, foram realizados 145.133 exames laboratoriais, ou seja, média de 14 mil exames por mês. Em 2014, a média foi de 12.500 exames ao mês (150.436 no total).

Ainda em relação aos medicamentos, os itens da Atenção Básica, essenciais à saúde, como antibiótico, anti-inflamatórios, remédios para hipertensão e diabetes – desde que não sejam fornecidos pela Farmácia Popular a custo zero para o paciente – não tiveram seu fornecimento interrompido. Medicamentos que só aliviam os sintomas da doença e que podem ser controlados por meio de mudanças de hábitos do paciente, só deverão ter as compras normalizadas em 2016.

Enfrentamos ainda atraso na entrega no fornecimento, motivada por férias coletivas (mais um reflexo da crise econômica) e falta de determinados medicamentos em todo o país devido à dificuldade de importação de alguns princípios ativos.

Já em relação aos tubos para exames, houve redução no número de compras e nos últimos meses tivemos problemas de atrasos nas entregas.